quarta-feira, 9 de março de 2011

A alegria e a satisfação continuam ao nosso redor


27.02 a 05.03.2011

Na semana passada, a mini crônica tratou da possibilidade de transformar dor em alegria. Muita gente tem falado dessa possibilidade. Mas, também, todos apontam a dificuldade de se concretizar isso.

Por isso mesmo, talvez aquilo que dê mais resultados em curto espaço de tempo seja seguir o conselho de quem já passou por grandes dificuldades: dar valor às pequenas coisas. Olhar de forma diferente para aquilo que sempre esteve ali e não se enxergou de modo a trazer prazer, alegria.

Aí, o mais reconfortante é olhar para as crianças em sua ingenuidade e pureza. Como é bom ver o bebê sendo carregado pela mãe no elevador e olhar pra gente com aquela carinha de satisfação, por ter o calor e o conforto materno! Como é bom ver a mãe radiante diante da filha, exalando um amor tão grande, que é tão visível pra quem quer ver!

E, na verdade, em todo momento é possível, examinando melhor o que vemos encontrar singelezas. É um casal de canários que "pasta" tranquilamente nos jardins particulares de uma grande instituição; é a alegria estampada nos olhos de quem está prestes a ter uma nova sobrinha; é a tranquilidade de quem, na fase do vestibular, já conseguiu seu objetivo. Também é muito saboroso andar na areia da praia, vislumbrar o mar, deixar os pensamentos tranquilos, seguindo o vai e vem das ondas.

Nestes momentos, a lembrança do ente querido que seguiu o seu caminho em outros planos é recheada, até, de um sorriso. De um "flash back" alegre e virtuoso. Parece que há uma descarga de vibrações positivas e o corpo responde com relax e prazer. Poder-se-ia dizer que é uma das expressões do amor: uma sensação de bem estar, de felicidade.

Mesmo que a gente saiba que é um pouco de egoísmo, porque tem tanta gente passando por dificuldades e a vida não se resume à satisfação de um ser individual, é bom se sentir bem. Certamente dá forças para seguir em frente; para se engajar nos velhos ou em outros projetos, individuais ou coletivos.
É muito bom, ainda mais depois de uma grande perda, aos poucos, a gente saber que a alegria e a satisfação não deixaram de fazer parte de nossas vidas, e que elas estão ao nosso redor, é só a gente deixar-se enxergar.
Alci de Jesus

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